O meio-campista Piermario Morosini, da equipe do Livorno, da série B do campeonato italiano morreu após sofrer uma parada cardíaca durante uma partida contra o Pescara, neste sábado. O falecimento de Morosini foi confirmado pelo Dr. Edoardo De Blasio, cardiologista do hospital Santo Spirito em Pescara, que disse: “Infelizmente ele já estava morto quando chegou ao hospital. Ele não recuperou a consciência.”
Todas as partidas do campeonato de futebol italiano neste fim de semana foram suspensas. Morosini, que tinha 25 anos, recebeu assistência médica urgente em campo depois de desmaiar após 31 minutos de partida. Um desfibrilador foi usado antes de Morosini ter sido levado para o hospital Santo Spirito em Pescara. O desfibrilador é utilizado na parada cardiorespiratória com objetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. Porém, não sabemos exatamente se ele recebeu a desfibrilação imediata, que é de extrema importância nestas situações. Na verdade, menos de 10% das pessoas que sofrem uma parada cardíaca tem acesso a um desfibrilador.
A Associated Press informou que o jogador estava consciente quando foi levado de maca para fora do campo. Também foi relatado que um carro que pertencia à polícia de trânsito bloqueou o caminho da ambulância ao estádio e uma janela teve de ser quebrada para que o veículo pudesse ser removido. É sabido que os primeiros dez minutos após uma parada cardíaca são extremamente críticos para a sobrevivência do paciente e da mais alta importância para seu tratamento clínico. Na verdade, as chances de sobrevivência da vítima após uma parada cardíaca diminuem 10% para cada minuto que as massagens cardíacas forem retardadas.
A eficiência dos procedimentos em curso na Itália para o diagnóstico preventivo em diversos atletas também será alvo dos críticos. O uso do eletrocardiograma (ECG) naquele país é muito comum nestes casos. A Itália, inclusive, tem leis em vigor que tornam obrigatório o diagnóstico preventivo de todos os atletas com um ECG. Porém, resultados falso-negativos em um eletrocardiograma não são incomuns e tais procedimentos, quando administrados sem o acompanhamento de um ecocardiograma, às vezes, podem proporcionar diagnósticos incompletos ou imprecisos.
Neste momento é difícil saber exatamente o que ocorreu nos minutos após o jogador ter caído em campo. O retardamento da entrada da ambulância no estádio para o atendimento do jogador é mal sinal. Inevitavelmente, comparações serão feitas entre o atendimento de emergência que Morosini recebeu e o tratamento altamente eficaz que Fabrice Muamba teve a sua disposição. No entanto, nos próximos dias vamos ter mais informações sobre o caso da parada cardíaca fatal que o jogador Morosini sofreu. Porém, vale a pena ressaltar que o atendimento imediato nestes casos é da maior importância. Todo segundo é precioso.
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